Secretário da Educação



"Educação: A chave do desenvolvimento para todos nós com qualidade e referência."

Adão Neto Secretário da Educação de Crixás

terça-feira, 23 de julho de 2013

Brincadeiras Folclóricas

Jogos e brincadeiras são atividades básicas que, contribuem para o desenvolvimento motor, emocional e social de nossas crianças, mas que também podem servir como uma espécie de laboratório, onde se praticam e se aprendem as regras da sociedade com a qual vivemos e para a qual devemos apresentar nossa parcela de contribuição, aprendendo a interagir como um “ser social” que coopera e sabe competir. Nós, também já fomos crianças e já tivemos nossos momentos de pura alegria guiados pela singeleza de divertimentos e brincadeiras infantis que despertaram nossos sentimentos mais nobres.
As brincadeiras e os jogos infantis contém uma série de valores que, através dos tempos, foram sendo selecionados de forma natural por diversas gerações, guardando relações de ajustamento à época e ao meio. O aprendizado desses costumes pela criança propicia além da liberação de energia, à expansão da criatividade, fortalecendo a sociabilidade e estimulando a liberdade.



BRINCADEIRAS QUE RESISTIRAM AO TEMPO:

AMARELINHA





Brincam quantas crianças quiserem e cada uma tem sua pedra. Quando não disputam na fórmula de escolha gritam: – Primeira! (será a primeira a começar) Segunda! Quem falar em segundo lugar será a segunda, assim sucessivamente.
Desenham-se no chão as quadras da amarelinha, começando com o céu, 123456789 e 10 e inferno.

1) joga se a pedra na 1ª quadra, não podendo pular nela. Vai com um pé só nas casas de uma quadra e com os dois pés no chão, na quarta e quinta casa, sétima e oitava, no céu e inferno.

2) Segunda etapa: Chutinho. Vai se chutando a pedra que foi jogada perto, antes da amarelinha, com um pé só – deve começar tudo desde a quadra 1. A pedra não pode bater na risca, se errar passa para outra criança até chegar sua vez novamente.

3) Na terceira etapa, joga-se sem pedra. Com os olhos vendados diz – queimou? As outras respondem: – Não. Assim casa por casa até sua vez. Também na terceira casa é com um pé só. E os dois pés na 4ª e 5ª casas.

4) Quarta etapa: tirar casa – de costas joga-se a pedra para traz, onde cair, essa Casa será excluída. Risca-se com giz a mesma, podendo pisar nela com os dois pés.




BARRA-MANTEIGA


Brincar é bom, então chame sua turma para participar dessa brincadeira!

Vocês podem brincar de “barra-manteiga” em um quintal, uma praça ou o pátio da escola. O espaço precisa ser dividido em três partes conforme o desenho acima.

As crianças devem ser divididas em duas equipes, sendo que uma equipe fica de frente para a outra. Os participantes de cada equipe ficam um ao lado do outro e com a palma de uma das mãos virada para cima.

As equipes ficam posicionadas nos campos 1 e 3 e o campo 2 é o espaço para correr.

A brincadeira começa quando um participante vai até a equipe adversária e bate com uma mão na mão de um dos participantes da outra equipe. A criança que bateu sai correndo para a sua equipe enquanto é perseguida pelo adversário. Caso o que bateu seja pego passa a jogar na outra equipe.

Vence o time que pegar todos os adversários.



 CABO DE GUERRA


Você conhece uma expressão que diz: ” A união faz a força”? Com esta brincadeira você e seus amigos vão testar quem tem mais força e mais união.

Para brincar de “cabo-de-guerra”, vocês precisarão de uma corda.

Primeiro, escolham um espaço e tracem uma linha no chão para dividi-lo ao meio.

As crianças devem ser separadas em dois times, sendo que cada time fica com um lado do espaço. Os participantes ficam em fila e todos seguram na corda. Posicionem a corda conforme o desenho ao lado.

Alguém de fora dos grupos dá um sinal para começar a partida. Ele será também o juiz que fiscalizará o jogo de forças.

Os participantes devem puxar a corda, até que uma das equipes ultrapasse a linha no chão.

Serão vencedores aqueles que puxarem toda a equipe adversária para o seu espaço.




CABRA CEGA

Brincadeira que consiste em vendar uma criança que passará a perseguir outros amiguinhos que participam da brincadeira, para colocá-la em seu lugar.

Essa brincadeira veio na bagagem dos portugueses e espanhóis, mas já era um jogo muito popular entre as crianças da Roma Imperial. Na Espanha e América espanhola chamam-a La Gallina Ciega (Dias Geniales o Lúdricos, Diálogo VI).

O jogo se inicia por perguntas e respostas entre uma criança e a cabra-cega: Em Portugal diz-se:

“Cabra-cega, donde vens?
De Vizela (ou de Castela)
Que trazes na cesta?
Pão e canela.
Dás-me dela?
Não, que é para mim e para minha velha.
Zigue-tanela!”

Diz a criança que está ao lado, fingindo dar um beliscão na cabra-cega.
(Augusto C. Pires de Lima, Jogos e Canções Infantis, 54, segunda edição, Porto, 1943).

No Brasil:

Cabra-Cega, de onde você veio?
im lá do moinho.
O que você trouxe?
Um saco de farinha.
Me dá um pouquinho?
Não


Em Sergipe, Clodomir Silva (Minha Terra, 8-9, Rio de Janeiro, 1926) informou:

“Cabra-cega, não me nega; Donde Vem?
Do sertão!
Trais oro, prata ou requeijão?
Trago oro.
Pois rode como besouro.”




CARNIÇA


Consiste num alinhamento de crianças, em rápido deslocamento, uma-a-uma, pulando sobre as costas dos companheiros parados, curvados, apoiando as mãos nas coxas. Pulada a última carniça, o jogador corre e pára adiante, esperando que os demais saltem sobre ele. É sempre revesado.


PASSA, PASSARÁS

Escolher dois participantes para serem “ouro” e “prata”, respectivamente. Nenhum dos outros participantes poderá saber quem é “ouro” ou “prata”.

“Ouro” e “prata” ficam diante um do outro, de mãos dadas, formando um arco – a “ponte”. Os outros jogadores marcham, passando sob a “ponte” cantando:

“Passarás, não passarás

Algum deles há de ficar,

Se não for o da frente,

Será o de trás.”

Na palavra “trás”, “ouro e prata” abaixam os braços e aprisionam o último da fila, a quem devem fazer a seguinte pergunta:

“Que prefere, ouro ou prata?” Conforme a resposta, o participante se coloca atrás de “ouro” ou de “prata”. A resposta deve ser dada em voz baixa, para que os outros do grupo não percebam quem é “ouro” e quem é “prata”. Novamente a ponte é levantada e o grupo recomeça a cantar, enquanto passa sob o arco.

Depois que todos forem aprisionados, formam duas filas, encabeçadas pó “ouro e prata”, que ficam de mãos dadas. Os demais jogadores, com os braços em torno da cintura do companheiro da frente, formam duas cadeias, inicia-se então a luta: cada grupo tenta obrigar o outro a transpor uma linha riscada entre “ouro e prata”. O grupo que conseguir é o vencedor.



 PASSAR ANEL

Sentados numa roda o grupo tira a sorte para ver quem vai passar o anel. Todos devem unir as palmas das mãos e erguê-las na sua frente. Quem ganhou na sorte deve segurar o anel entre as palmas das mãos e passar as suas mãos pelas mãos dos componentes do grupo deixando o anel nas mãos de alguém que ele escolher, mas deve continuar fazendo de conta que continua passando o anel até o último do grupo.

Ao final pergunta a um dos participantes onde está o anel? Se este acertar ele será o próximo a passar o anel. Se errar, quem recebeu o anel é que passará, começando novamente a brincadeira.




BRINQUEDO DE ESCONDER

Uma criança encosta-se a um muro de olhos fechados; as demais vão dando-lhe uma palmada dizendo:

Maria Macundê

Bate no ….

E vai-te escondê.

Cada qual procura esconder-se da melhor maneira e do esconderijo grita:

-”Já!”. E a Mria Macundê sai a procura de suas companheiras. À primeira encontrada ela diz:

-”Estica tica” e essa a substitui.




JOGO DO SOLDADO

- Brilha, brilha, meu soldado
Na porta do capitão…
- Como posso eu brilhar
Se ainda me falta o coração?

(Cada um dos jogadores dá uma peça do uniforme: boné, espada, etc. Aquele que não der nada apanha um bolo com a pá de farinha.)


JOGO DO FRADE

Bento, que Bento? – Frade!

Na boca do forno. – Forno!

Fazer um bolo. – Bolo.

Fazer o que seu mestre manda?

Faço, sim senhor!

Ir buscar…(qualquer coisa que se mande…). O último a chegar apanha um bolo.




JOGO DOS VELHACOS

Diz o capitão:

“Na porta do Marambela

Apareceu um gato morto.

-”Foram esses dois velhacos” – diz o primeiro jogador.

Diz o segundo: “Mentes velhaco…”

Volta o capitão a perguntar:

-”Quem foi que esfolou?”

-”Foram esses três velhacos” – diz o primeiro jogador.

Volta a perguntar o segundo jogador e assim por diante. Quando algum atrapalha, leva bolo.




JOGO DO MEDO

Pergunta-se a uma criança:

-”Teu pai foi a caça?”

Ela deve responder:

“Foi…”

Faz-se nova pergunta:

-”Teve medo?”

Ela responde: “Não”.

Sopra-se, então, os olhos dela e se ela fechá-los, diz-se:

-”Teve sim!”.



JOGO DO PIÃO


O que é o que é?
Para andar se bota a corda
Para andar se tira a corda
Porque com corda não anda
Sem corda não pode andar

O pião é o brinquedo mais antigo que se conhece. Plínio e Virgílio em suas obras já comentavam a popularidade do pião entre as crianças romanas, mas acredita-se que o pião já foi brinquedo praticado pelos homens pré-históricos.

Tudo indica que os portugueses divulgaram esse jogo nos primeiros tempos da colonização brasileira. A existência do pião em Portugal, em tempos passados, é confirmada por Teófilo Braga, no Cancioneiro de Resende e nas Ordenações Afonsinas, que cita, entre alguns jogos de sociedade do século XV, o pião:

É o jogo do piam
Favor se lhe de voar.
(apud Lima, 1966, p. 275)

Para brincar com o pião é só enrolar uma corda da ponta ao corpo do pião, segurando uma ponta. Depois, é só atirar o pião em direção ao chão, desenrolando o barbante de um impulso só. O brinquedo cai no chão rodopiando e assim permanece durante um bom tempo. Você pode ampará-lo com a mão, para que ele passe a girar sobre a palma ou mesmo sobre o seu dedo.




TRAVALÍNGUAS

Uma mafagafa

Com sete mafaguifinho

Quem desmafaguifá ela

Bom desmafaguifador será

Tem uma tatupeba

Com sete tatupebinha

Quem destatupebá ela

Bom destatupebador será

No vaso tinha uma aranha e uma rã.

A rã aranha a aranha,

A aranha arranha a rã.

O Pedro tem o peito preto.

E o peito de Pedro é preto.

A espingarda destravíncula-pinculá

Quem destravíncula-pinculá ela

Bom destravíncula-pinculador será

No cume daquele morro

Tem uma cobra enrodilhada

Quem a cobra desenrodilhá

Bom desenrolhidadô será.


                                                                                  (Créditos ao autor )

Nenhum comentário :

Postar um comentário